Seis de janeiro foi assim. Calor, havia chovido durante a noite, e acordei com a sensação de que alguma coisa ruim iria acontecer. E aconteceu.
Hoje, acordei com a mesma sensação. E aconteceu. De novo.

Antigamente as pessoas costumavam dizer que eu parecia ser muito insensível, e eu não gostava disso.
Hoje em dia é o contrário e eu vejo que gosto menos ainda. Às vezes sinto falta de ser como era, mesmo que não fosse insensível como parecia, conseguia me controlar muito mais que agora. Não era qualquer coisa que eu via ou ouvia que me deixava mal, custava pra isso acontecer. Agora sou capaz de ficar derrubada por dias, meses...
Não sei o que fiz ou estou fazendo comigo, que fico mal assim e não consigo achar uma forma de me reerguer, nem um motivo pra que isso aconteça. Por mais que eu diga que estou bem, nunca estou tão bem assim, por mais que eu fale que vou ficar, nunca fico tão bem assim. Por mais que eu fale que vou esquecer, nunca esqueço tanto assim.
É difícil saber que perdi, porque realmente nunca fui muito acostumada com esse tipo de acontecimento. Sempre deixei desprender, ou me desprendi, nunca fui de ter que desprender. Nunca havia passado por situação assim, e, realmente, não sei como lidar. Mesmo depois de tanto tempo.

Não sei se hoje não encontro forças pra levantar da cama, ou não as quero encontrar. Porque parece que quanto mais eu busco forças, mas elas fogem de mim, e eu, novamente, demonstro fraqueza quando não quero demonstrar.

Vontade de mudar. Mudar comigo. Mudar com as pessoas. Mudar com tudo. Me mudar.
Vontade de fazer as coisas serem diferentes, pelo menos uma vez. As coisas são em relação a tudo mesmo, pra fugir da mesmice. E da coisa ruim que eu tenho sentido.

Todas as férias, a mesma história. A mesma nostalgia, o mesmo sentimento ruim, saudade, que não vai poder ser matada. Mas dessa ver por um motivo diferente. Acho que no fundo vai ser bom as minhas férias só durarem uma semana.

...uma hora vai passar.

Depois de tanto tempo, entrei aqui. Vi algumas postagens de mais de um ano atrás, não só minhas... Senti um frio na barriga incontrolável e pude ter mais certeza ainda de que nesse "tempo todo", meus sentimentos não mudaram nem um pouco. Li tudo da mesma forma que li em 2010, senti as mesmas coisas, porém, agora com saudade.
O problema maior não é nem esse, porque sempre vai existir alguma coisa de que vamos sentir saudade. O problema é imaginar. Imaginar que posso ainda ler coisas do tipo, mas não serão pra mim, que a saudade, já não vai ser de mim. O difícil é imaginar que, mesmo que não seja agora, existirá outra pessoa, e não serei eu.
E eu tento ser forte...

É como se não bastasse gritar para as paredes, sinto uma necessidade de gritar para o mundo inteiro ouvir essa tal necessidade de sentir, tocar... Esse sentimento que só cresce dentro de mim,  e é como se transbordasse por cada ato meu, por não ter mais como disfarçar.

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